O anseio por Deus e a confiança em seu auxílio: Sl 63(62) à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica
DOI:
https://doi.org/10.21501/23461780.4765Palabras clave:
Análise Retórica Bíblica Semítica, Culto no Antigo Testamento, Desejo por Deus, Imprecação nos Salmos, Livro dos Salmos, Salmo 63, TemploResumen
O Sl 63(62) é de singular importância para a liturgia cristã. Evocando o desejo de Deus que faz com que o ser humano se levante antes da aurora para buscálo (v.2), este Salmo tornou-se a oração matutina por excelência, tanto para a liturgia bizantina, que o recita no órthros, quanto para a liturgia romana que, depois da reforma litúrgica do Vaticano II, o reservou para as Laudes do Domingo da I Semana do Saltério. O objetivo do presente artigo é analisar o Sl 63(62) pelo método da Análise Retórica Bíblica Semítica, com o intuito de estabelecer sua estrutura e de se perceber, assim, seus elementos teológicos mais relevantes. Para cumprir tal finalidade, o artigo divide-se em três partes: i) tradução do texto; ii) crítica da forma e iii) estabelecimento da estrutura segundo o método da Análise Retórica Bíblica Semítica. Por último, apresenta o comentário teológico. O artigo conduz o leitor à percepção de que o salmo possui uma estrutura tripartida. As duas primeiras partes se articulam no âmbito diurno (vv.2-6) e noturno (vv.7-9), onde o salmista manifesta seu desejo por Deus, recorda sua experiência passada e manifesta sua confiança no Senhor. A última parte do salmo é a imprecação, que evoca um misterioso “eles” (v.10a), conectando-se, assim, com o “tu” evocado no início da oração (v.2a). Ao “eles”, amorfo do inimigo, corresponde o manifesto “tu” divino, em quem o salmista confia, e cujo “amor” reconhece como sendo melhor que a própria existência (4a).
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