O homem está morto: a antropologia de Abraham Heschel como caminho de humanismo e crítica à modernidade

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21501/23461780.4467

Palabras clave:

Dessacralização, Ética, Heschel, Humanismo, Pathos divino, Ser humano, Símbolo

Resumen

No pensamento do filósofo e teólogo judeu Abraham Joshua Heschel (1907-1972), o ser humano é colocado em uma posição única diante da transcendência e da natureza; ele é reconhecido como um verdadeiro símbolo de Deus e um participante da vida divina em um contexto de desvalorização e desumanização que vinha se formando desde os primórdios da modernidade. Em diálogo com alguns pensadores contemporâneos, neste artigo propomos refazer os caminhos conceituais e práticos que levaram este rabino a pensar e agir energicamente em favor da reconstrução da natureza humana, e apontar o pathos divino como elemento de solidariedade, e o resgate da ética e da sacralidade humana. Nossa proposta de reflexão está estruturada em torno de três pontos fundamentais: o problema do simbolismo religioso humano em relação a Deus; o pathos divino como ponte para Deus; e o ser humano que é Homem e, ao mesmo tempo, um apelo à ética.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Emivaldo Silva Nogueira, Centro de Investigação em Educação da Universidad Bernardo O´Higgins

Doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Mestrado em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2017). Doutor em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás–Bolsista CAPES PROSUC (2020), com estágio doutoral na Pontificia Universidad Católica de Chile–Facultad de Teologia (2018-2019). Professor investigador do Centro de Investigação em Educação da Universidad Bernardo O´Higgins, Santiago (Chile). Correio electrónico: nogueira.aligo@gmail.com. ORCiD: https://orcid.org/0000-0002-4426-3000

Narcélio Ferreira de Lima, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Mestrando em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO), bolsista CAPES/PROSUC, bacharel em Teologia (2019) e Filosofia (2013) pela Faculdade Católica de Fortaleza (FCF), Fortaleza, Brasil. Correio electrónico: fraternascelius@gmail.com. ORCiD: https://orcid.org/0000-0003-2130-3214

Referencias

Ales Bello, A. (2018). O sentido do sagrado. Paulus.

Baccarini, E. (2002). O homem e o páthos de Deus. En Penzo, G. e Gibellini, R. (orgs), Deus na Filosofia do século XX, 3ª ed. (pp. 25-36). Edições Loyola.

Berger, P. (1985). O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião (J. C. Barcelos. Trad.). Paulinas.

Berger, P. (2000). A Dessecularização do Mundo: uma visão global. Religião e Sociedade, 21(1), 9-24. http://www.uel.br/laboratorios/religiosidade/pages/arquivos/dessecularizacaoLERR.pdf

Bergson, H. (1978). As duas fontes da moral e da religião (N. C. Caixeiro, Trad.). Zahar.

Bíblia de Jerusalém. (2004). Bíblia de Jerusalém, 3ª impressão. Paulus.

Buber, M. (2003). A lenda do Baal Schem. Perspectiva.

De Almeida, E. F. (jan./abr., 2019). Abraham J. Heschel e a mística do pathos divino. Horizonte. Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religão, 17(52), 132-147.

Descartes, R. (2000). Meditações Metafísicas. Martins Fontes. (Obra original publicada em 1641).

Dimas, S. (2007). A Auto-transcendência Cognitiva do Sujeito em Bernard Lonergan, Revista Portuguesa de Filosofia, 63(4), 845–876. http://www.jstor.org/stable/40338239

Foucault, M. (1994). Dits et écrits, vol.1. Gallimard.

Geertz, C. (1989). A Interpretação das Culturas. LTC.

Geertz, C. (2001). Nova luz sobre a antropologia. Zahar.

Goes Leone, A. (2000). A imagem divina e o pó da terra: humanismo sagrado e crítica da modernidade em A. J. Heschel [Dissertação Mestrado, Universidade de São Paulo]. USP Production Repository. https://repositorio.usp.br/single.php?_id=001102601&locale=pt_BR

Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade (T. T. da Silva, Trad.). DP&A.

Heschel, A. J. (1973a). Los Profetas: el hombre y su vocación. Paidós.

Heschel, A. J. (1973b). Los Profetas: simpatía y fenomenología. Paidós.

Heschel, A. J. (1974a). O Homem à procura de Deus. Paulinas.

Heschel, A. J. (1974b). O Homem não está só. Paulinas.

Heschel, A. J. (1975). Deus em busca do homem. Paulinas.

Heschel, A. J. (2010). Quem é o Homem? Triom.

Heschel, A. J. (jan, 1966). No Religion is an Island. Union Seminary Quarterly Review, XXI (2), part I, 117-134.

Kierkegaard, A. S. (2008). Ou bien... Ou bien... Gallimard.

Kimelman, R. (1985). Abraham Joshua Heschel: our generation’s teacher. Cross Current. http://www.crosscurrents.org/heschel.htm

Leone, A. G. (2002). A Imagem Divina e o Pó da Terra: humanismo sagrado e crítica da modernidade em A. J. Heschel. SP: Humanitas FFCH/USP.

Miotto, M. L. (junho, 1966). O homem está morto? Arts et Loisirs, (38), 8-9.

Moltmann, J. (2000). Trindade e Reino de Deus. Vozes.

Nogueira, E. S. (2017). O conceito de autodiscernimento, à luz dos profetas bíblicos, em confronto com a modernidade: uma visão religiosa em Abraham Joshua Heschel [Dissertação mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Goiás]. TEDE. http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3682

Nogueira, E. S. (2020). A justiça social no profeta Amós à luz do método de autodiscernimento em Abraham Joshua Heschel [Dissertação Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de Goiás]. TEDE. http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4515

Otto, R. (1995). O Sagrado: Um estudo do elemento não-racional na ideia do divino e sua relação com o racional (P. Velasques Filho, Trad.). Imprensa Metodista.

Paulo VI. (1965). Declaração Nostra Aetate sobre a igreja e as religiões não--cristãs. La Santa Sede–Vaticano. https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html

Platão. (2007). Teeteto e Crátilo (C. A. Nunes, Trad.). EDUFPA. (Obra publicada originalmente ca. 369 y 367 a.C.).

Rocher, G. (1971). Sociologia Geral 1 (A. Ravara, Trad.). Editorial Presença.

Wolff, H. W. (2008). Antropologia do Antigo Testamento. Hagnos.

Publicado

11/02/2022

Cómo citar

Silva Nogueira, E. ., & Ferreira de Lima, N. . (2022). O homem está morto: a antropologia de Abraham Heschel como caminho de humanismo e crítica à modernidade. Perseitas, 10, 471–494. https://doi.org/10.21501/23461780.4467

Número

Sección

Artículos