Afetividade, reconhecimento e menosprezo na cotidianidade de pessoas acompanhadas por um serviço de saúde mental em Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21501/16920945.4777Palabras clave:
Saúde mental, Afetividade, Intersubjetividade, Exclusão social, EstigmaResumen
A Modernidade inaugurou uma nova forma de conceber a loucura como doença, confinando as pessoas diagnosticadas com transtornos mentais em hospícios e manicômios. Fruto de questionamentos a essas práticas de institucionalização, novas estratégicas de cuidado em saúde mental surgiram na segunda metade do século XX. Apesar dos avanços, as pessoas diagnosticadas com transtornos mentais ainda são submetidas a práticas de menosprezo e exclusão social na cotidianidade. Neste trabalho discutimos experiências de reconhecimento e menosprezo, entre usuários de um CAPS II na Bahia, usando o método da foto-provocação. Entre os resultados, destacamos que as experiências de menosprezo ferem a autoestima, enquanto o reconhecimento afetivo contribui para o fortalecimento da autoimagem positiva e a possibilidade de exercício da cidadania. Assim, vínculos fundamentados na dedicação amorosa fortalecem a autonomia e facilitam laços sociais baseados na confiança e no respeito, que contribuem nos processos de cuidado em saúde mental.
Descargas
Referencias
Arroyave Álvarez, E. O. (2011). Aproximaciones a una psicología de la exclusión. Revista Colombiana De Ciencias Sociales, 2(1), 66-73. https://revistas.ucatolicaluisamigo.edu.co/index.php/RCCS/article/view/99/93
Borba, L. O., Paes, M. R., Guimarães, A. N., Labronici, L. M., & Maftum, M. A. (2011). A família e o portador de transtorno mental: a dinâmica e sua relação familiar. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 45(2), 442-449. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000200020
Brasil. (2002). Portaria n° 336, de 19 de fevereiro de 2002. (2002, 20 de fevereiro). Diário Oficial da União, Seção I, ano 139, n° 34, p. 22. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html
Cardoso, L., Galera, S. A. F., & Vieira, M. V. (2012). O cuidador e a sobrecarga do cuidado à saúde de pacientes egressos de internação psiquiátrica. Acta Paulista de Enfermagem, 25(4), 517-523. https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000400006
Cirilo, L. S., & Oliveira Filho, P. de. (2008). Discursos de usuários de um centro de atenção psicossocial-CAPS e de seus familiares. Psicologia Ciência e Profissão, 28 (2), 316-329. https://doi.org/10.1590/S1414-98932008000200008
Corredor-Álvarez, F., & Iñiguez-Rueda, L. (2016). La foto-provocación como método. Su aplicación en un estudio de la autonomía en personas con diagnóstico de Trastorno Mental Severo. Revista de Metodología de las Ciencias Sociales, (35), 175-204. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=297147433008
Fassheber, V. B., & Vidal, C. E. L. (2007). Da tutela à autonomia: narrativas e construções do cotidiano em uma residência terapêutica. Psicologia Ciência e Profissão, 27(2), 194-207. https://doi.org/10.1590/S1414-98932007000200003
Foucault, M. (2002). Os Anormais. Martins Fontes.
Foucault, M. (1979). Microfísica do poder. Edições Graal.
Goffman, E. (1961). Manicômios, Prisões e Conventos. Perspectiva.
Goffman, E. (1981). Estigma: Notas Sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. LTC.
Honneth, A. (2003). Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Editora 34.
Honneth, A. (2010). Reconocimiento y menosprecio: sobre la fundamentación normativa de una teoría social. Kats.
Jodelet, D. (2005). Loucuras e representações sociais. Vozes.
Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4125089/mod_resource/content/1/Roque-Moraes_Analise%20de%20conteudo-1999.pdf
Nascimento, R. C. do. (2009). Loucura e cidadania: avanços e impasses da reforma psiquiátrica brasileira. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional UFF. https://app.uff.br/slab/uploads/Loucura_e_Cidadania_Avanços_e_Impasses_da_Reforma_Psiquiátrica_Brasileira.pdf
Nicolaci-da-Costa, A. M. (2007). O campo da pesquisa qualitativa e o Método de Explicitação do Discurso Subjacente (MEDS). Psicol. Reflex. Crit. 20 (1), 65-73. https://doi.org/10.1590/S0102-79722007000100009
Patiño, R. A., & Faria, L. (2019). Prácticas de exclusión social: reflexiones teóricas y epistemológicas alrededor de un campo de estudios. Revista Colombiana De Ciencias Sociales, 10(2), 426-444. https://doi.org/10.21501/22161201.2892
Patiño Orozco, R. A. (2013). Configurações subjetivas de familiares de vítimas de desaparecimento forçado na Colômbia. [Tese de Doutorado, Universidade Federal da Bahia]. Repositório Institucional da UFBA. http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12360
Pereira, M. A. O. (2007). A reabilitação psicossocial no atendimento em saúde mental: estratégias em construção. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 15(4), 658-664. http://hdl.handle.net/11449/69751
Pichon-Rivière, E. O Processo Grupal. Livraria Martins Fontes, 1998.
Possas, C. A., Simão, M. B. G., Delgado, P. G. G., Galbinski, K. & SÁ, M. de. (2008). Políticas públicas de prevenção e atenção às DST/HIV/AIDS nos serviços de saúde mental no Brasil. In Brasil (Org.). Prevenção e atenção às DST/aids na saúde mental no Brasil: Análises, desafios e perspectivas (pp. 13-17). Ministério da Saúde.
Salles, M. M., & Barros, S. (2013). Transformações na atenção em saúde mental e na vida cotidiana de usuários: do hospital psiquiátrico ao Centro de Atenção Psicossocial. Saúde em Debate, 37(97), 324-335. https://www.scielo.br/j/sdeb/a/hNyyHsFKnqKW7bq3Fz4sXgr/?format=pdf&lang=pt
Saraceno, B. (2010). Reabilitação Psicossocial: uma estratégia para a passagem do milênio. In A. M. F. Pitta (Org). Reabilitação Psicossocial no Brasil (3a ed., pp. 13 -18). Hucitec.
Waidman, M. A. P. (2004). O cuidado as famílias de portadores de transtornos mentais no paradigma da desinstitucionalização. [Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis]. BDENF Enfermagem.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
La revista y los textos individuales que en esta se divulgan están protegidos por las leyes de copyright y por los términos y condiciones de la Licencia Creative Commons Atribución-No Comercial- 4.0 Internacional. Permisos que vayan más allá de lo cubierto por esta licencia pueden encontrarse en http://www.funlam.edu.co/modules/fondoeditorial/ Derechos de autor.